A técnica milenar chinesa tem relatos de pelo menos 3000 anos, sendo difundida no Ocidente muito recentemente.

Um dos grandes objetivos da Acupuntura é manter o corpo e a mente em harmonia e equilíbrio.

Da mesma forma que temos nossa circulação sanguínea através de vasos (artérias e veias), temos a circulação de nossa energia, Qi, através de uma rede complexa de meridianos, dos pontos de Acupuntura e dos centros de energia em nosso corpo. É no trajeto destes meridianos que ficam localizados os pontos de Acupuntura.

Através da manipulação destes pontos, ocorre o estímulo de terminações nervosas da pele, que geram um impulso nervoso transmitido ao cérebro via medula espinhal, ocasionando a liberação de diversas substâncias produzidas pelo nosso próprio cérebro, com efeito analgésico, anti-inflamatório, relaxante muscular, ansiolítico, entre outros, são os chamados neurotransmissores, dentre eles: serotonina, endorfinas, encefalinas, prostaglandinas, etc.

Esta gama de substâncias é responsável pelos efeitos da Acupuntura, seja na modulação da dor, sensação de relaxamento, diminuição da ansiedade, melhora da qualidade do sono e muitos outros efeitos.

Segundo a Medicina Tradicional Chinesa (MTC), o ser humano adoece primeiramente na esfera energética, com sintomas discretos e sem alteração nos exames laboratoriais ou de imagem. Estes mesmos sintomas, sem cuidado, progressivamente levam ao adoecimento na esfera funcional, com alteração da função dos órgãos e dos exames laboratoriais ou de imagem. Por último, o indivíduo adoece na esfera estrutural ou anatômica (por exemplo, um tumor), onde a ação da Acupuntura é apenas para alívio dos sintomas.

As concepções ocidental e chinesa acerca da origem das doenças são muito diferentes, e de acordo com a MTC os fatores causadores de doença são agrupados em 4 categorias: Constitucionais, os Fatores Patogênicos Externos ou fatores climáticos, Fatores Patogênicos Internos (raiva, alegria excessiva, preocupação, mágoa, medo, angústia) e os Fatores Patogênicos Mistos relacionados ao Estilo de Vida (dieta irregular, excesso de trabalho, exercício em excesso ou a falta dele, traumatismos, etc).

Sendo assim, a Acupuntura atua em todos as esferas do ser humano, sejam emocionais ou físicas.

De acordo com a constituição da Organização Mundial de Saúde, “saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a mera ausência de doença ou enfermidade”. Uma implicação importante desta definição é que a saúde mental é mais do que a ausência de transtornos mentais ou deficiências.

Sendo assim, não precisamos estar doentes para fazer Acupuntura, é muito importante harmonizar e equilibrar para prevenir e não adoecer.

A Medicina Tradicional Chinesa tem 5 grandes pilares para manter um indivíduo em equilíbrio, são eles: Acupuntura, Fitoterapia Chinesa, Dietoterapia energética, Meditação e prática de exercícios como o Qi Gong ou Tai Chi Chuan.
Portanto, o estilo de vida que um indivíduo leva é determinante para um bom resultado do tratamento, limitando muito os resultados se não houver um conjunto de ações na busca do equilíbrio individual.

Acupuntura

A Acupuntura é uma técnica milenar chinesa que consiste no estímulo de determinados pontos do corpo, com o intuito de promover a circulação de energia e o equilíbrio do corpo.

Fitoterapia Chinesa

A fitoterapia chinesa é uma das modalidades de tratamento adotadas pela medicina tradicional chinesa, na qual busca atingir o equilíbrio do organismo através do uso de fórmulas magistrais chinesas manipuladas de acordo com a necessidade de cada um. Uma das modalidades mais empregadas na China.

Dietoterapia Energética

Os alimentos, além de seu papel nutricional fundamental, contêm em si a capacidade energética de tonificar nossos órgãos e devem ser ingeridos de forma harmoniosa e equilibrada, pois o excesso ou a falta deles pode levar ao desequilíbrio de nosso corpo.

A alimentação pode ser classificada energeticamente em fria ou quente, não guardando relação com a temperatura na qual os alimentos são ingeridos.

Os 5 sabores que recebemos através da nossa alimentação são: salgado, azedo, amargo, doce e picante, sendo que cada um destes relaciona-se a um órgão do organismo.

Rim – Salgado
Fígado – Azedo
Coração – Amargo
Baço Pâncreas – Doce
Pulmão – Picante

Cada um destes sabores, em doses adequadas, gera o equilíbrio do seu respectivo órgão, assim como a falta ou o excesso levam ao desequilíbrio.

Exemplos simples de como usamos em nosso dia a dia a dietoterapia energética:

· em quadros de gripes, resfriados e tosse recomendam-se chás contendo alho, gengibre e agrião. Estes alimentos são picantes e tonificam, ou seja, melhoram a energia do Pulmão, órgão que precisa ser equilibrado nestas patologias.

· algumas pessoas ingerem chá de boldo para melhorar sintomas relacionados ao fígado, especialmente após refeições gordurosas. O boldo é amargo e melhora a função do Fígado, por tonificar este órgão.

· para pessoas que sofrem de enxaqueca, normalmente recomenda-se evitar o consumo de bebidas alcoólicas, cafés e alimentos contendo cafeína. Para a Medicina Chinesa esta recomendação é dada uma vez que tais alimentos produzem Calor Interno, o que pode ajudar a desencadear uma crise dolorosa.

A Dietoterapia Energética faz parte do tratamento do indivíduo que está buscando seu equilíbrio, pois a alimentação é a principal fonte da energia que circula em nosso corpo.

Meditação e Exercícios físicos

Os pontos de Acupuntura, Meridianos de Energia e Centros de Energia fazem parte do sistema de circulação de energia pelo corpo.

Os pontos de Acupuntura atingem níveis superficiais da pele e músculos, enquanto os Centros de Energia localizam-se mais profundamente e relacionam-se com o equilíbrio interno de Energia.

As técnicas de meditação e exercícios físicos como Qi Gong e Tai Chi Chuan, podem tratar a Deficiência, Excesso, Estagnação ou a Irregularidade nos Centros de Energia do corpo, melhorando o equilíbrio entre estes Centros.

A meditação e os exercícios trazem relaxamento e uma sensação de paz interior profunda, foco para o próprio corpo, melhora da consciência no momento presente, força interior e energia, ocorrendo assim a comunhão do indivíduo consigo mesmo e com o ambiente em que vive.

Sabe-se que em 1972, durante uma viagem do presidente Richard Nixon à China, o jornalista James Reston precisou ser operado às pressas, vítima de apendicite, e foi anestesiado com Acupuntura. A partir daí o mundo passou a descobrir a terapia chinesa.

No Brasil em 1988 o tratamento foi introduzido no Sistema Único de Saúde (SUS).

Em 1995 o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu a Acupuntura como Especialidade Médica e em 1998 a Associação Médica Brasileira (AMB) também passou a reconhecer oficialmente a Acupuntura como Especialidade Médica.

A primeira consulta médica é fundamental para que sejam identificados todos os aspectos a serem tratados no indivíduo, que é avaliado de forma holística, ou seja, como um todo. Na Medicina Tradicional Chinesa todos os aspectos da vida são levados em consideração, desde os emocionais, até chegar aos sintomas apresentados no momento da consulta.

Não há um número fixo de sessões pré-estabelecido para cada indivíduo, o objetivo é que se atinja o equilíbrio dos sintomas. Normalmente 10 a 15 sessões são suficientes para resolver muitos casos, porém, alguns pacientes precisam de um tempo mais longo de tratamento.

Quando é realizada a Acupuntura Sistêmica, com o uso de agulhas, normalmente são usadas de 10 a 20 agulhas por sessão, podendo variar caso a caso.

Geralmente as sessões duram de 30 a 40 minutos e a frequência pode variar de 1 vez por semana até diariamente dependendo do caso.

Todas as agulhas são descartáveis e jamais reutilizadas!

Durante cada sessão de Acupuntura é muito importante tentar relaxar, com o mínimo de estímulos possíveis, afinal é um momento importante do dia que cada um deve reservar para cuidar de si.

É fundamental que o paciente faça Acupuntura sempre com um médico, pois, trata-se de um procedimento invasivo, com alguns riscos, ainda que pequenos, mas presentes. O paciente sempre deve manter seguimento paralelamente com seu médico. A Acupuntura pode ser uma forma complementar e integrativa de tratamento, jamais entrando em conflito com a Medicina Ocidental.

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